Domínio Próprio
Todos os dias, tomamos uma série de decisões, fazemos escolhas em várias áreas da vida, e tomamos atitudes baseadas nos valores e conceitos que dominam nossa personalidade.
Muitas dessas escolhas são quase inconscientes. Nós as tomamos fruto dos hábitos adquiridos ao longo da vida, como acordar e escovar os dentes, ir ao trabalho ou dirigir com cuidado. Entretanto, as decisões de fundo moral não são automáticas. Elas precisam ser elaboradas e racionalizadas, de modo a mantermos um padrão ético relevante, que não gere conflitos internos quanto aos aspectos morais e espirituais.
O domínio próprio, também traduzido como temperança, é a capacidade de tomar decisões ou reagir sob pressão emocional, temperando e equilibrando as emoções. A cada impasse que exija a tomada de uma decisão, o cérebro aciona registros biofísicos, e a mente recorda uma situação parecida que foi vivenciada anteriormente. A cada nova situação a ser enfrentada, a tendência humana é sempre repetir um comportamento similar ao emitido anteriormente. Seguimos padrões de comportamentos, que já são esperados por quem nos conhece mais de perto. O grande desafio, portanto, é alterar o padrão quando este não coaduna mais com a nossa realidade de vida em Cristo, pois refletem atitudes biblicamente errôneas, que podem ter nos dominado por anos.
Tiago trata de um assunto sempre atual em sua carta, quando fala do domínio da língua — o órgão do nosso corpo mais difícil de ser dominado (Tg 3.2-11). Nossa língua pode ser cheia de veneno mortífero. Quando uma pessoa usa mal a sua língua, proferindo palavras indecorosas ou ferinas, ela incendeia e mata a sua própria alegria, seu casamento, a vida emocional de seus filhos, e até mesmo a sua fé em Deus.
Precisamos de disciplina para viver a vida. Disciplina para organizar nossa rotina, para cuidar da saúde física e mental, e para equilibrar nossa vida emocional e espiritual. A despeito de tanta disciplina, priorizar a nossa vida espiritual deve ser a nossa meta primeira de vida. De que adianta viver oitenta anos na casa de Deus sem frutificar o que precisamos? De que vale o ativismo na igreja sem que o Espírito Santo colha em nós os frutos que precisam ser produzidos para sermos aceitos por Deus? Por vezes, nós ajudamos muitos irmãos em Cristo, mas deixamos de frutificar paz, bondade ou domínio próprio. Olhe pra si mesmo, perscrute-se todos os dias. Domine seus afetos, suas emoções e sua língua.
Quais atitudes você precisa tomar para dominar a sua língua, mente e atitudes?
O que você precisa fazer para priorizar Deus na sua vida e frutificar?
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